terça-feira, 3 de agosto de 2010

Politicamente correto

Ultimamente o politicamente correto tem tomado conta da mídia. Qualquer tipo de opinião que seja diferente da maioria já é tratada como preconceituosa.
Outro dia estava assistindo uns vídeos da TV Pirata, Os Trapalhões e outros humorísticos antigos e fiquei impressionado com a liberdade que havia naquela época. Chamar o Mussum de pretinho, o Didi de cabeça chata, piadas sobre gays e machistas eram totalmente comuns. Onde foi parar essa liberdade?

Essa semana um jogador do Santos foi chamado de mão de alface e retrucou dizendo que gasta o salário do torcedor em ração de cachorro. Rapidamente uma enxurrada de críticas dizendo que foi imaturo por parte do atleta, que ele não poderia ter feito isso, e toda essa baboseira. E daí? Não duvido que seja verdade o que ele disse. A verdade choca demais?

Cansei de ver minorias agindo como se fossem donas do mundo, só porque determinada pessoa é gay ela não pode ser ofendida? Por que chamar alguém de veado é crime mas chamar de gordo não é? Por que uma camiseta 100% branco é racismo e uma 100% preto, ou asiático, ou índio, ou qualquer outra coisa não é? Quer dizer que se eu não compactuo com as ideias de Israel eu sou anti-semita?

Que democracia é essa que não nos permite ter uma opinião diferente? Eu acredito que devemos respeitar o que diz a maioria, mas não pensar como a maioria. Eu sou livre para ter minha opinião sobre todos os assuntos, não gostei da lei que proíbe as palmadas, vou acatar, mas não é por isso que vou deixar de pensar que isso é errado.

Acredito que quando acabar essa bobagem de não poder falar ou fazer nada que contrarie os interesses ou pensamentos de uma determinada camada da população, as pessoas estarão mais preparadas para um debate sadio sobre assuntos polêmicos. Já imaginou se fizerem a Parada do Orgulho Hétero? Ou então uma passeata lembrando os mortos na Palestina? E se criarem o Dia do Branco, ou da Consciência Branca? É claro que essas coisas existem justamente por uma enorme discriminação sofrida historicamente, mas não é porque Hitler mandou matar judeus e homossexuais há 70 anos que quem não é a favor de Israel também quer fazer isso. Só porque eu sou contra a política de cotas não significa que sou racista. O mesmo se aplica se eu chamo alguém de "negão". Já pensou se todos os louros se ofendessem com o apelido "alemão"?