quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Debate?

Ah, a campanha eleitoral! Um dos maiores exemplos de como o ser humano consegue disfarçar a sua verdadeira natureza para conseguir enganar os seus iguais. Nesta semana que encerra as campanhas pelos cargos das esferas estaduais e federal, os Debates tomam conta da televisão. Debate com "d" maíusculo porque é o nome do programa, e só.

Odeio fazer isso, mas vamos à definição de debate pelo dicionário: "troca de opiniões sobre determinado assunto, discussão". Ontem a Globo transmitiu o Debate entre os candidatos a Governador. Cada Estado teve o seu próprio. Eu como morador de São Paulo, assisti a uma parte do "debate" e depois fui dormir, cansado daquele lero-lero.

O que se vê nos "debates" é apenas candidatos dos principais partidos usarem o espaço de palanque. Não importa a pergunta ou a resposta dada pelo outro participante, eles já sabem o que vão falar. É tudo mecânico, isso não é debate, é propaganda eleitoral. "Mas os candidatos de partido pequeno tentam debater" você deve estar falando ao ler isso. Sim, mas não sem antes reclamar do pequeno espaço, de ninguém fazer perguntas a ele, entre outras coisas, aí depende do partido nanico que ele representa.

Eu quero ver um candidato A perguntar "O que você vai fazer para a saúde?", o candidato B responder com as suas propostas, e na réplica o candidato A, no lugar de falar o que ele vai fazer, questionar as propostas do B, isso é debater. Enquanto os Debates forem usados apenas para expor ideias ou levantar acusações, esses programas vão continuar sendo a mesma inutilidade de sempre.

Na minha opinião as entrevistas com os candidatos feitas pelo SPTV, Jornal Nacional, Bom Dia Brasil, etc. (não sei se outras emissoras fizeram o mesmo), são muito mais proveitosas que esses "debates" porque o entrevistador questionou o candidato. "Pretendo duplicar o atendimentos das AMEs no meu governo". "Como o senhor pretende fazer isso candidato? Com quais recursos?". Esse é o comportamento que eu espero em um debate, mas deixa pra lá né, é melhor ir dormir...

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Preguiça

Todo dia a gente sente preguiça de alguma coisa. Em dias frios na hora de acordar dá aquela preguiça de sair da coberta. Na hora do banho, preguiça de sair do chuveiro. Existe também aquela preguiça de fazer o almoço, de ir pra aula, entre tantas outras.

Mas eu me preocupo mesmo é com a preguiça de trabalhar. Pra mim preguiça é um sentimento que aparece simplesmente porque não queremos fazer determinada coisa por achar que aquilo é muito chato. Você pode estar com aquele preguiça danada de sair para comprar pão, mas se alguém te fala, "vem comigo que a gente toma café naquela padaria bacana, eu pago", na mesma hora você já está pronto.

Quando o trabalho se torna algo tão chato a ponto de todo dia você ter preguiça (de vez em quando é normal), isso na minha opinião preocupa. Já tive preguiça de escrever aqui um monte de vezes, em algumas eu superei e em outras eu me entreguei, mas no trabalho não dá para fazer isso. E é aí que mora o perigo. Ir trabalhar todo dia com preguiça e forçado cria uma insatisfação com o emprego que é irreversível. Se não acontecem fatos novos, ou se você não olha a sua rotina com uma outra perspectiva, ir trabalhar vira sinônimo de ir para a forca. E depois de um tempo, nem com isso você consegue reverter o quadro negativo.

É claro que existem casos opostos, porque seu trabalho é chato você tem preguiça de ir trabalhar, mas esses são menores.

Posso ficar mais umas 100 linhas falando sobre a preguiça no trabalho, mas estou com uma preguiça... E tenho que trabalhar também!