quinta-feira, 28 de março de 2013

Chega de picuínha

Bom, eu tenho visto muita intolerância nesses últimos dias. De um lado o ativismo gay, que conta com a ajuda de boa parcela da imprensa e dos artistas (Wagner Moura e Chico Buarque são exemplos). Do outro os religiosos, encabeçados pelos evangélicos (Silas Malafaia e Marco Feliciano são os exemplos).
Não quero expôr a minha opinião a respeito das opiniões do deputado Marco Feliciano e muito menos sobre os dogmas de sua e outras religiões, quero falar do desrespeito às instituições que temos visto.
Como se sabe, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados elegeu recentemente o seu presidente. Em acordo feito anteriormente, ficou decidido que o PSC (Partido Social Cristão) indicaria um parlamentar para o cargo, que seria eleito posteriormente.
Pois bem, por que um partido tão pequeno ficou com a presidência de uma Comissão? Porque ninguém fez questão de ocupar o lugar. Por que indicaram um cara como o Marco Feliciano? Ele foi o 12º deputado mais votado no estado de SP, ou seja, de todos os que representam o partido na Câmara, ele é o mais importante, como se trata de um partido nanico, é importante destacar suas lideranças.
Como podemos ver, tanto a chegada de Marco Feliciano à Câmara (voto popular), como à CDH (voto dos parlamentares eleitos pelo povo) foram respeitadas as leis, não houve imposição e tranquilamente concluímos que a vontade da maioria foi respeitada.
Sim, uma pessoa que declaradamente é contra a liberação de direitos civis a gays foi ELEITA presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados do Brasil! Prestou atenção ao destaque na palvra "eleita"? Isso se chama democracia, às vezes ela não nos agrada, às vezes ela atende em parte o que queremos e às vezes ela acerta na mosca.
Essa é a beleza de tudo isso, temos que aceitar quando não nos agrada, assim como os outros aceitam quando nos os agrada. E esse caso é um exemplo de como o Brasil não respeita instituições e, por consequência, a democracia.
Marco Feliciano ainda não teve nem tempo de fazer alguma cagada porque não deixam. E toda essa comoção criada pelos contrários a ele só está o tornando um mártir para os que pensam como ele. O que deveria ser feito, a meu ver, é simplesmente esperar. Ou ele fazer algo que justifique de verdade a sua deposição do cargo (declarações não valem, ele pensa como quiser, tem que ser algum ato mesmo), ou a próxima eleição para presidente da CDH.
Todas as outras coisas que tenho visto, e aí falo dos dois lados, como deputado ficar falando que sujeito não é qualificado porque "dá o cú", não estão certas. Mostra que não estamos preparados para uma discussão que leve a um acordo que seja bom para a maioria. Temos visto discussões no melhor nível "se não for do meu jeito ninguém brinca" entre nossos deputados e entre nossos amigos.
Liberdade de expressão e pensamento é premissa, mas respeito a opiniões contrárias também é básico. Chega de oito ou oitenta, está na hora de sentar, conversar e chegar a um acordo, é assim que podemos seguir em frente.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Porque Neymar e Ganso deveriam ficar no Brasil

Considerando desde 1980, os europeus conquistaram o Mundial de Clubes por 17 vezes, contra 14 dos sulamericanos. Desde 2006 um time daqui não leva nada. E dos últimos 10 foram apenas três. Para quem diz que era um jogo e por isso os europeus perdiam, acho que a final continua sendo um jogo, mas eles pararam de perder.

Está cada vez mais difícil ganhar dos europeus e é mais por causa da nossa fragilidade do que por conta da força deles. É só reparar nos principais jogadores deles. Só o Manchester de 2008 não era comandado por um sulamericano.

Falam muito em jogo do século entre Barcelona e Santos, mas depois da saída de alguns jogadores, já confirmada, e a de outros que podem acontecer, acho que só se o Neymar jogar mais que o Pelé e o Barcelona todo jogar mal a equipe do Brasil tem alguma chance.

As voltas de Ronaldo, Fred, Robinho (que já foi de novo), Ronaldinho, entre outros, começou a fazer acreditar ser possível os grandes jogadores ficarem por aqui. O problema é que a molecada quer sair de qualquer jeito.

O sonho hoje em dia é jogar no Milan, Real Madrid, Barcelona, etc. PÔ, MAS SE O NEYMAR FICAR NO BRASIL NUNCA VAI SER O MELHOR DO MUNDO. Bom, se o Neymar arrebenta na Copa do Mundo e o Brasil é campeão, acho que vai ser difícil dar o prêmio para outro...

O Pelé nunca vestiu camisa de time da Europa e ele não foi melhor do mundo, foi melhor da história. AH, MAS ERAM OUTROS TEMPOS! Ué, o Evaristo de Macedo jogou no Barcelona e no Real Madrid, o Luis Pereira jogou no Atlético de Madrid, entre outros exemplos. Eles contratavam sim, Pelé não foi porque não quis.

Se eles querem aparecer para o mundo, a seleção ajuda, sem falar que mesmo no Santos, hoje todo mundo vê. Dinheiro? Já ofereceram 1 milhão de reais mensais para o camisa 11 do Peixe ficar. O problema é a glamourização do futebol europeu.

Falta dizer que nós também somos grandes, principalmente porque a única razão do futebol deles ser forte é a grana. Isso podia começar com o time do Santos, pena que eles não querem ficar...

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Cinefoot: "Primeiro Tempo" e outros filmes de futebol

Texto meu disponível no Rock do Mato. De vez em quando vou copiar algumas coisas aqui, mas é melhor ficar ligado lá mesmo...

Eu sou daqueles que repete o bordão que o futebol é a paixão nacional. Adoro a alcunha de “Pátria de Chuteiras”, criada por Nelson Rodrigues. Mas é claro que tenho uma preferência, sou Palmeiras. Por isso fui hoje ao Museu do Futebol, no Pacaembu, para assistir “Primeiro Tempo”, filme a respeito do fechamento do Estádio Palestra Itália.

Antes foi exibido o curta “Vivaldão – O Colosso do Norte”, que fala praticamente da mesma coisa, mas a respeito do maior palco futebolístico do Amazonas, demolido para dar espaço à Arena da Amazônia, uma das sedes da Copa do Mundo.

Confesso que a dinâmica dos filmes é muito parecida e assistir dois de uma vez pode ser cansativo, mas a paixão nos olhos dos entrevistados, as imagens antigas, as boas histórias, tudo isso vale a pena. Eu não conheço o Vivaldão, mas o Parque Antartica sempre foi minha segunda casa e ouvir jogadores e torcedores relembrarem bons e maus momentos, confesso que foi muito bom.

No filme palmeirense, eles mostram uma torcedora gaúcha que chega a São Paulo no dia do último jogo oficial do estádio. Ela nunca havia assistido um jogo na casa do Verdão e tudo era novidade. Mas o mais interessante era como foi o primeiro dia dela depois de ter decidido ser palmeirense:

“Eu acordei e me arrumei para ir para a escola. Aí na rua eu olhei para o céu, tava limpo, um sol maravilhoso. Então eu parei e pensei: como é boa a vida de palmeirense!”

Claro que “Primeiro Tempo” tem um público muito específico, mas o festival promovido no Museu do Futebol pode atender a muitos amantes do futebol. Nesta sexta será exibido “Soberano – Seis Vezes São Paulo”, sobre os títulos nacionais do tricolor paulista. Sábado a programação é voltada ao público infanto-juvenil e no domingo um longa-metragem sobre o futebol de várzea encerra a mostra.

No Rio de Janeiro “Porque Hay Cosas que Nunca se Olvidam”, curta espanhol, levou a Taça Cinefoot 2011, assim como “Copa Vidigal”, de Luciano Vidigal, na categoria melhor longa-metragem.
Abaixo o filme europeu, de Lucas Figueroa, que detém o título de curta mais premiado da história do cinema.

Basicamente conta a história de um menino italiano e sua bola de futebol nova. Vale a pena assistir, se gosta de futebol vai adorar, se não gosta, talvez ajude a entender porque ele é tão apaixonante.

domingo, 1 de maio de 2011

O juiz decidiu o clássico?

Tem mais ou menos três horas que acabou o jogo. Ainda não vi os lances na televisão e estou escrevendo com base no que vi no estádio e nas conversas que tive com outros. Todos perceberam que o Palmeiras estava nervoso. O primeiro lance do jogo foi um chutão no qual o Kléber se jogou no meio dos zagueiros e pediu falta.

Dois minutos depois ele empurrou desnecessariamente um zagueiro deles e levou amarelo. Mas foi nesse momento que o Paulo César Oliveira começou a mudar o jogo. Aquilo não era uma falta para cartão. Naquele momento, o único nervoso era o camisa 30, o resto do time e até mesmo a torcida estavam tranquilos.

Algum tempo depois após entrada criminosa de, acredito eu, Jorge Henrique, apenas lateral para o Palmeiras. A jogada continua, Kléber briga com dois jogadores adversários, sofre falta que não foi marcada. A bola sobra para dividida entre Danilo e Liédson. O palmeirense dá um carrinho violento, revidado por solada do corintiano. O árbitro continua o trabalho e expulsa somente Danilo.

Abro um espaço aqui para lembrar que depois de levar o amarelo, Kléber reclamou, xingou e apanhou muito dos adversários. Mas toda vez que caía, seja sem razão, como a vez em que pediu pênalti, seja sofrendo faltas, como a que resultou na dividida que expulsou Danilo, ele era ignorado.

Quem viu o jogo sabia que o Palmeiras estava, como dizem os boleiros, "deitando". Ja havia perdido duas boas chances de gol e apertava o adversário no campo de ataque. Depois da expulsão, que aconteceu no mesmo momento da contusão de Valdívia, o time precisou mudar seus planos e ficar mais recuado. Dessa forma que PC Oliveira decidiu o clássico, minando qualquer possibilidade de manutenção daquela superioridade alviverde que se via.


O desequilíbrio emocional, que aconteceu sim, mas depois da expulsão, acabou culminando na saida do técnico Felipão, que discutia com Tite, em mais um momento de vacilação (existe essa palavra?) do homem de amarelo. Fim do primeiro tempo e o jogo estava um pouco morno, mesmo com a vantagem numérica (14 contra 10) o time visitante não arriscou ir ao ataque.

Na segunda metade do jogo o Palmeiras voltou mais calmo, até mesmo o Gladiador dimminuiu as reclamações. E surgiu o gol. Na única forma que poderia ser, em bola parada. Mesmo assim o adversário não pressionou, mas chegou ao empate também em escanteio.

Nos pênaltis o Verdão acabou eliminado, mas fico triste por tudo o que cercou a partida. Não houvesse o aviso na segunda-feira, quando o Jornal da Tarde cravou quem ia apitar o jogo sem nem saber quem ia para o sorteio, sem falar do Agora, que mostrou como manipular o sorteio, a arbitragem seria contestada, mas não dessa forma. O time não estaria tão nervoso. Felipão não ia discutir com ninguém.

São suposições, mas infelizmente dessa vez o juiz decidiu o jogo sim. Não validando ou anulando gols, mas sim desestabilizando um time.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Preconceito, provocação ou opinião?

Nos últimos dias uma enorme discussão a respeito de discriminação e preconceito veio à tona. Primeiro o deputado Jair Bolsonaro declarou publicamente que não gosta de homossexuais e é contra o sistema de cotas (não vou entrar na discussão da pergunta da Preta Gil).

Depois vieram dois casos quase ao mesmo tempo. Um atirador que supostamente sofria de bullying matou 12 crianças em uma escola no Rio de Janeiro e um jogador de vôlei foi hostilizado pela torcida adversária com gritos de "bicha" em partida da Superliga.

Por partes. O nobre deputado apenas utilizou o seu direito de expressão, não atacou nem incitou violência contra nenhum grupo. Se você concorda ou não com o que ele disse, isso é outra coisa. Já o rapaz do Rio de Janeiro, claramente sofria de problemas mentais, então acredito que com ou sem bullying ele seria capaz de tamanha loucura. Mas vamos ao último caso, que para mim é o mais curioso.

Após a partida, devido à repercussão dos atos da torcida, Michael, o jogador alvo dos gritos, declarou ser homossexual. O Cruzeiro, mandante do jogo, foi punido em 50 mil reais por causa da manifestação. Aí me veio a pergunta: se o atleta já dava sinais de ser gay e era uma partida decisiva, chamá-lo de bicha, não era apenas parte do jogo, uma maneira de desequilibrá-lo?

Acredito que muitos que leêm agora esse texto já foram a uma partida de futebol ou outro esporte qualquer e viram a torcida hostilizando adversários ou juízes. As torcidas de Palmeiras e Corinthians costumam gritar o refrão "Ô bicharada!" para os são paulinos em todos os confrontos. Nunca foi aplicada nenhuma multa a ninguém. Quer dizer então que a multa se aplica somente quando o alvo é realmente aquilo que se diz?

Já imaginou se todos os juízes entrassem na justiça pedindo uma indenização por terem sido xingados? Pense só o Celso Roth, nunca mais iria precisar trabalhar, só pelo que já foi chamado de burro...  Precisa acabar essa ditadura do politicamente correto, precisamos aceitar as diferenças, não só de opção sexual, cor de pele ou religiosa, mas também entender que nem todos pensam a mesma coisa.

Existem tantas pessoas a favor do Bolsonaro quanto a favor do Michael. A beleza da democracia está nisso. Pensamos de maneira diferente e precisamos conviver com isso. Principalmente diferenciar opinião, provocação e preconceito, porque todos eles existem. E muito.

terça-feira, 29 de março de 2011

A maldição dos 100

No meio do ano passado todos invocaram a maldição do centenário depois da eliminação do Curintia (tentei alterar um pouco o palavrão para ficar menos ofensivo) para justificar mais um revés. Aí veio 2011 e novamente o time da zona leste de São Paulo saiu de maneira desonrosa da competição sulamericana.

Mas de onde vem essa maldição? Lembremos o primeiro exemplo: o Flamengo de 1995. Com um time formado por Romário (eleito o melhor do mundo em 1994), Edmundo e Sávio, além de nomes importantes na época, como Branco e Ronaldão (também campeões do mundo em 94), o rubro-negro ainda tinha no banco de reservas o mais novo gênio da estratégia: Vanderlei Luxemburgo (naquele tempo com "V" mesmo).

Como parar tamanho esquadrão? Com a barriga. Isso mesmo, Renato Gaúcho decretou a primeira grande derrota do centenário do Flamengo com um gol de barriga que decidiu o Campeonato Carioca. De quebra o Brasileiro foi conquistado pelo Botafogo enquanto o time da Gávea acabou em 21º entre 24 times. Só não foi rebaixado porque o regulamento previa apenas dois times caindo.

Depois disso alguns outros fracassos: o Fluminense em 2002 também apostou em Romário e ficou com o Campeonato Carioca no ano em que ele não existiu, foi disputado o Torneio Rio-São Paulo. O Grêmio em 2003 conseguiu encerrar um jejum de seis anos no Gaúchão do Internacional, ser eliminado pelo Independiente da Colômbia na Libertadores e terminar em 20º no Brasileiro, num prelúdio do rebaixamento de 2004.

O Botafogo em 2004 voltava à Série A do Brasileiro, mas quase que não dura muito tempo por lá. Mesmo em seu centenário quase foi rebaixado. O ano foi tão ruim que o alvinegro sequer passou para as semifinais do estadual. O Atlético Mineiro em 2008 não ficou muito atrás, para combinar com sua idade montou um ataque com Souza (meia ex-Curintia e São Paulo), Petkovic e Marques, que somavam 102 anos. Tanta experiência trouxe uma nova experiência: na final do Mineiro uma surra por 5 a 0 para o Cruzeiro.

Mas sem dúvidas o maior fracasso é o do Coritba. O clube paranaense primeiro perdeu o estadual para o maior rival, o Atlético. Ainda no primeiro semestre outra grande derrota, essa para o Internacional nas semifinais da Copa do Brasil. Mas o pior ainda estava por vir. Rebaixamento no Brasileirão com direito a invasão de campo e conflito entre torcedores e policiais.

Também em 2009 o Internacional completou 100 anos. De maneira organizada o clube ainda conseguiu o estadual de maneira invicta, mas aí só vieram decepções. O "Campeão de Tudo" conseguiu ser vice de tudo. Na Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro, Recopa Sulamericana e Copa Sulamericana ficou com o segundo lugar.

Mas para confirmar a regra precisamos de uma exceção. Ela veio em 1998, com o Vasco da Gama. Com um elenco que tinha nomes como Juninho Pernambucano, Pedrinho, Edmundo e Felipe, o time da colina levou a Libertadores da América e o Carioca, esse sem a necessidade de final. O Brasileiro acabou prejudicado pela disputa com o Real Madrid em Tóquio e os cariocas terminaram a competição em 10º. O que diminuiu o feito foi a derrota para os espanhóis, mas ainda assim o centenário foi um sucesso.

Enfim chegamos ao Curintia de novo. Não vou repetir os insucessos alvinegros em 2010, estão todos frescos na memória do amante de futebol, mas o que dizer do centésimo gol de Rogério Ceni? O número está de tal maneira perseguindo o time, que é capaz que o goleiro marque também no rival o centésimo nas contas da FIFA (faltam dois gols na contagem da FIFA e existe boa chance dos times se enfrentarem novamente nas semifinais ou finais do estadual).

E olha que eu nem falei dos 100 quilos do Ronaldo e do Adriano...

segunda-feira, 14 de março de 2011

Futebol é na Globo?

Galvão Bueno narrando ao vivo e com exclusividade a final da Libertadores de 1992 entre São Paulo e Newells Old Boys. E não foi na Globo. Pois é, apesar de a maioria das pessoas da minha idade não se lembrarem, o futebol não foi transmitido o tempo todo pela emissora do falecido Roberto Marinho.

E vai mudar de mãos de novo. A Rede TV! comprou os direitos de transmissão para televisão aberta do Campeonato Brasileiro, para o triênio 2012-2014. Alguns dizem que vai ser estranho, outros que é o fim de uma era. Eu acho apenas que é reflexo de uma crise entre os cartolas, que acabou nessa resposta de criança mimada.

Todo mundo sabe que a Globo é a melhor e mais estruturada emissora de televisão do país. Sim, é bacana essa concorrência, mas sabemos que as transmissões da próxima Olimpíada, que serão feitas pela Record, não vão ter o mesmo nível. Na última Copa do Mundo uma campanha iniciada pelo Twitter marcou o Dia sem Globo, que aconteceria justamente no dia do jogo do Brasil contra Portugal.

Foi a maior audiência do canal até então na competição. Apesar de toda a controvérsia, a Globo faz as melhores transmissões, tem os melhores profissionais e a grana para comprar os direitos dos melhores eventos. O único problema ao meu ver é que alguns programas da grade são intocáveis e aí o futebol ou outros esportes perdem espaço.

Recentemente a estreia de Mano Menezes , Neymar e Ganso na Seleção Brasileira não foi transmitida, porque seria no mesmo horário da novela das oito (que começa às nove). Fico feliz em saber que finalmente foi quebrada a hegemonia da Globo no Brasileirão, mas triste em constatar que Luiz Alfredo, Silvio Luiz, Ronaldo (o goleiro), Marília Ruiz, Milene Dominguez, entre outros grandes nomes do cronismo esportivo nacional, estarão à frente das transmissões do mais importante campeonato de futebol do Brasil, enquanto que nomes como Tiago Leifert, Cléber Machado, Mauro Naves, Régis Rosing, Galvão Bueno (por que não?) e outros (gosto de muitos da equipe da Globo) dedicarão seus esforços aos poucos jogos da seleção, estaduais e torneios sulamericanos (pelo menos por enquanto).

Tomara que a Rede TV! contrate bons profissionais e queime minha língua, senão serão três anos bem tenebrosos...