terça-feira, 25 de maio de 2010

Despedida

Quase todos os torcedores que eu conheço sabem muito bem o primeiro jogo de futebol que assistiram no estádio. Lembram o adversário, o placar e alguns até quem fez os gols. Eu sinceramente não me lembro do meu primeiro jogo no Palestra Itália. Na verdade, o jogo mais antigo que me lembro de ter assistido in loco foi Corinthians e São Paulo pela final do Brasileiro de 1990.

Consigo me recordar de estar quase todo domingo nas cadeiras cobertas do estádio do Palmeiras com meu pai e meu irmão. Mas a primeira vez que não tive a companhia de um adulto foi só em 1999, na épica final da Libertadores. Com 13 anos de idade vi Zapata colocar seu nome na história chutando aquele pênalti para fora.

Frequentador assíduo do Parque Antarctica, vi as pequenas ampliações e mudanças que aconteceram na casa palmeirense. Nunca entrei como mascotinho antes do jogo, mas por algumas vezes participei da promoção do intervalo que consistia em torcedores batendo pênaltis, mas nunca fiz um gol.


Não tenho ideia de quantos jogos já assisti lá, creio que chegue perto de 500 partidas. Títulos foram poucos, além da Libertadores, vi a conquista de uma Mercosul, um Paulista e a Série B (que não conta), mais pelo mau desempenho do time nos últimos tempos do que pela minha negligência em ir ao campo.


Agora a casa palmeirense vai fechar para uma reforma que deve durar dois anos e que vai dar ao Palmeiras a primeira arena multiuso da América Latina. A ferradura dá lugar a um estádio fechado, com três anéis, mas com a sua maior característica preservada: o campo suspenso.

A despedida foi como nos bons tempos: uma boa goleada sobre o Grêmio em jogo que o time e a torcida simplesmente ignoraram a crise existente. Mesmo com o bom resultado deixei o estádio com um sentimento de tristeza. Tenho certeza que a mudança é para melhor, mas sei que vou falar da velha ferradura como os mais velhos falam da concha acústica do Pacaembu.

Só me resta aproveitar as obras para visitar com mais frequencia outros estádios, como o Pacaembu e a Arena Barueri, locais que devem receber o Verdão nos próximos dois anos.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Quem vai para a Copa do Mundo?

Pois é, amanhã o Dunga anuncia os 23 selecionados para o Mundial da África do Sul. Eu, em um exercício de vidência, vou dar o meu palpite. Só lembrando que esses são os nomes que eu acho que ele vai levar, não os que eu levaria:

Goleiros
Júlio César (Internazionale)
Doni (Roma)
Vitor (Grêmio)

Laterais
Maicon (Internazionale)
Michel Bastos (Lyon)
Daniel Alves (Barcelona)
Gilberto (Cruzeiro)

Zagueiros
Lúcio (Internazionale)
Juan (Roma)
Luisão (Benfica)
Thiago Silva (Milan)

Meias
Gilberto Silva (Panathinaikos)
Felipe Melo (Juventus)
Josué (Wolfsburg)
Elano (Galatasaray)
Kaká (Real Madrid)
Júlio Baptista (Roma)
Ramires (Benfica)
Kléberson (Flamengo)

Atacantes
Luís Fabiano (Sevilla)
Nilmar (Villareal)
Robinho (Santos)
Adriano (Flamengo)

Amanhã veremos se eu errei ou acertei, mas de certo mesmo é que eu trocaria o Kléberson pelo Ganso, o Thiago Silva pelo Miranda e o Júlio Baptista pelo Ronaldinho Gaúcho. Sem falar que ainda dá pra tirar o Gilberto e colocar mais um jogador com habilidade.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Sou campeão estadual!! E daí?

Neste fim de semana começa o Campeonato Brasileiro de futebol. Especialistas e torcedores já começam a apontar os favoritos. Todas as listas indicam principalmente os campeões estaduais, afinal de contas se destacaram no regional e levaram a melhor sobre alguns adversários do campeonato nacional. Mas você sabe quantas vezes o campeão brasileiro levou a taça no seu Estado no mesmo ano?

Em 39 edições do torneio isso ocorreu em menos de um terço, ou 30,75%. Foram apenas 12 oportunidades, sendo somente duas na era dos pontos corridos. O Palmeiras é o time que mais alcançou este feito: três vezes. Apenas em 1973 a equipe do Palestra Itália não conseguiu a dobradinha nacional-estadual. O Internacional também não levou as duas taças apenas uma vez. Em1979 o Grêmio levou o Gauchão.

São Paulo e Flamengo que ficam devendo nesse ponto, em seis vezes que foram o melhor time do Brasileiro, considerando o título nacional de 1987 para o time carioca, somente um vez foram os campeões também em seu Estado. Completam a lista Fluminense, Bahia, Crruzeiro, Atlético Paranaense e Corinthians, sendo o último o único que levantou o caneco do nacional mais de uma vez.


Mas além do Brasileirão ainda temos outras duas competições em andamento que também interessam muito os torcedores, a Copa do Brasil e a Libertadores. Se Inter e Palmeiras se destacam por conseguir a dobradinha com o nacional, no continental são os únicos brasileiros campeões que não conseguiram o estadual no mesmo ano. E o São Paulo é o único que conseguiu duas vezes. No total, dos 13 títulos que os brasileiros têm na competição, em sete um campeão estadual levantou a taça, e mesmo que a taça venha para o Brasil neste ano, o aproveitamento ficará em 50%.

A Copa do Brasil tem um número parecido. Em 11 das 21 edições disputadas o campeão também levantou a taça no seu estado (52,4%). Corinthians e Grêmio conseguiram o feito por três vezes. O Cruzeiro, maior campeão da Copa ao lado da equipe gaúcha, realizou a dobradinha em duas oportunidades, com destaque para 2003, quando conseguiu a tríplice coroa, feito que ainda não foi igualado por ninguém. Criciúma, Internacional e Sport completam o hall de clubes campeões dos dois torneios.

E nesse ano o torneio disputado em mata-mata tem tudo para manter a escrita. Dois oito clubes que restam somente três não foram campeões estaduais, Palmeiras, Vasco e Fluminense, sendo que os dois clubes cariocas estão em situação complicadíssima para o jogo de volta e o paulista não tem um ano dos melhores.

Minha previsão é que teremos um baita campeonato, e aponto os times que estão nas finais da Copa do Brasil e da Libertadores como os principais candidatos ao títulos. Até que não incluí muitos, só 13 dos 20 que disputam a taça a partir deste sábado. Mas vou torcer pelo Palmeiras. Forza Palestra!!!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Foi na Uningá, mas pode ser em qualquer faculdade

Ontem o Fantástico exibiu reportagem sobre três estudantes que utilizam bolsa do Pró-Uni mesmo sem atender os requisitos necessários para tal. Não vou ficar explicando o caso, então se você não sabe do que estou falando, clique aqui. Eu fui bolsista do mesmo programa.

As regras dizem que deve ser feita apresentação dos documentos a cada seis meses, para que uma pessoa que durante o período do curso tenha melhorado sua condição financeira não continue recebendo o benefício. Em quatro anos de faculdade, nunca pediram nada a mim e a nenhum dos meus colegas de sala bolsistas. Minha bolsa era renovada com uma simples assinatura.

A universidade, por mais que possa tirar a bolsa e passar a cobrar do aluno, com certeza não vai ficar caçando alunos que não deveriam ter o benefício. É lógico que o caso do Paraná é diferente, afinal de contas, ao que tudo indica, elas nunca tiveram condições para participar do programa. Mas mesmo assim a bolsa foi aprovada com a apresentação dos documentos.

Se o governo realmente quer que a bolsa vá apenas para pessoas que realmente precisam, ele mesmo tem que fazer a triagem dos candidatos, porque sinceramente para as instituições de ensino o que vale mesmo é preencher as vagas, elas não se importam se a pessoa pode ou não pagar.

Casos como esse vão continuar aparecendo por causa dessa economia porca de pessoal para realizar a investigação social e confirmar se o candidato tem os requisitos para receber o benefício. Pelo menos para mim foi bom, pude fazer minha faculdade sem pagar, mas e quem não podia e não estudou porque eu estava lá?