sexta-feira, 3 de junho de 2011

Cinefoot: "Primeiro Tempo" e outros filmes de futebol

Texto meu disponível no Rock do Mato. De vez em quando vou copiar algumas coisas aqui, mas é melhor ficar ligado lá mesmo...

Eu sou daqueles que repete o bordão que o futebol é a paixão nacional. Adoro a alcunha de “Pátria de Chuteiras”, criada por Nelson Rodrigues. Mas é claro que tenho uma preferência, sou Palmeiras. Por isso fui hoje ao Museu do Futebol, no Pacaembu, para assistir “Primeiro Tempo”, filme a respeito do fechamento do Estádio Palestra Itália.

Antes foi exibido o curta “Vivaldão – O Colosso do Norte”, que fala praticamente da mesma coisa, mas a respeito do maior palco futebolístico do Amazonas, demolido para dar espaço à Arena da Amazônia, uma das sedes da Copa do Mundo.

Confesso que a dinâmica dos filmes é muito parecida e assistir dois de uma vez pode ser cansativo, mas a paixão nos olhos dos entrevistados, as imagens antigas, as boas histórias, tudo isso vale a pena. Eu não conheço o Vivaldão, mas o Parque Antartica sempre foi minha segunda casa e ouvir jogadores e torcedores relembrarem bons e maus momentos, confesso que foi muito bom.

No filme palmeirense, eles mostram uma torcedora gaúcha que chega a São Paulo no dia do último jogo oficial do estádio. Ela nunca havia assistido um jogo na casa do Verdão e tudo era novidade. Mas o mais interessante era como foi o primeiro dia dela depois de ter decidido ser palmeirense:

“Eu acordei e me arrumei para ir para a escola. Aí na rua eu olhei para o céu, tava limpo, um sol maravilhoso. Então eu parei e pensei: como é boa a vida de palmeirense!”

Claro que “Primeiro Tempo” tem um público muito específico, mas o festival promovido no Museu do Futebol pode atender a muitos amantes do futebol. Nesta sexta será exibido “Soberano – Seis Vezes São Paulo”, sobre os títulos nacionais do tricolor paulista. Sábado a programação é voltada ao público infanto-juvenil e no domingo um longa-metragem sobre o futebol de várzea encerra a mostra.

No Rio de Janeiro “Porque Hay Cosas que Nunca se Olvidam”, curta espanhol, levou a Taça Cinefoot 2011, assim como “Copa Vidigal”, de Luciano Vidigal, na categoria melhor longa-metragem.
Abaixo o filme europeu, de Lucas Figueroa, que detém o título de curta mais premiado da história do cinema.

Basicamente conta a história de um menino italiano e sua bola de futebol nova. Vale a pena assistir, se gosta de futebol vai adorar, se não gosta, talvez ajude a entender porque ele é tão apaixonante.