segunda-feira, 5 de abril de 2010

Um dia de futebol

Sábado chuvoso. Sete horas da manhã e alguns já estão se levantando. Às oito e meia começam a se reunir para seguir para a batalha. O local do jogo é longe e estão atrasados, mas isso não é problema, o importante é chegar. Vestiário alagado e apertado, mas isso também não importa.

Uniformizados, entram em campo debaixo de chuva e as funções em campo são definidas ali mesmo, antes da oração. A reunião encerra-se com o grito Cevad´s! A partida começa. Os que ficam de fora brincam com os que jogam, tomam cerveja e falam o que fariam se estivessem no lugar de algum dos jogadores. Entre reclamações com o juiz, o adversário e os companheiros de equipe o primeiro tempo vai passando.

É claro que o campo não respondeu muito bem à chuva e algumas poças atrapalham o andamento da partida, mas pelo menos o campo é gramado e dá muito bem pra jogar futebol.

O time se reúne na mesa do bar mesmo e começa a discutir o jogo, o que precisa pra melhorar, tentam arrumar o posicionamento, combinar jogadas, qualquer coisa para mudar o resultado. Tudo com muita seriedade e preocupação. Os times voltam a campo e recomeça a partida que não muda muito até o encerramento.

Na saída o que realmente importa: qual bar vai receber o time antes da volta pra casa. Essa é a verdadeira função de tudo aquilo, reunir as pessoas em volta de uma mesa para tomar cerveja e falar sobre qualquer coisa. Os acontecimentos do jogo viram piada, aquela seriedade nas conversas durante a partida não existem mais.

No domingo as dores, lesões e machucados da partida não importam, o que realmente interessa é que no próximo sábado tudo recomeça, principalmente a cerveja. O placar do jogo? 2 a 2.

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