terça-feira, 16 de março de 2010

A arte de estar desempregado

Estou sem trabalho já faz três meses e meio. No início era legal, eu estava a apenas um mês de tirar férias, então foi bom para descansar, ainda mais no final do ano. Porém quando chegou o ano novo passou a incomodar. Hoje está insuportável.

O principal para o desempregado é saber como ocupar o seu tempo. Ele precisa criar uma rotina e tarefas para não ficar parado. No meu caso, eu acordo, sempre entre nove e dez horas da manhã (sei que é um pouco tarde, mas se acordar mais cedo fico com muito tempo ocioso), ligo o computador, vejo as notícias, converso com minha namorada e amigos por MSN, procuro vagas de emprego e dou uma olhada nas redes sociais que participo. Após isso já está na hora do almoço.

Então ligo a televisão e assisto ao SPTV, Globo Esporte e Jornal Ontem (que um dia vai ser tema de post). Quando tenho muita paciência continuo na Globo e vejo o Video Show, mas não dura cinco minutos minha paciência e eu decido fazer outra coisa. Há um tempo era fácil encontrar algo para fazer, tinha sempre alguma coisa relacionada à minha demissão para resolver, mas essas coisas também acabaram.

Agora costumo sair para pedalar sem rumo, com o único objetivo de fazer o tempo passar, coisa que tem funcionado. O melhor disso é que posso pensar em coisas, mas ainda não pensei em nada. Essa página é mais uma tentativa de fazer a hora passar, e acho que está funcionando. Pretendo usar ele para dar utilidade ao meu diploma de jornalista, mesmo sabendo que o pessoal lá do Supremo acha que ele não serve para nada.

Tarefas domésticas também auxiliam nessa árdua missão. Lavar a louça, limpar o quarto, passar roupa, entre outras coisas são extremamente chatas, mas proporcionalmente úteis. Certo dia fiquei duas horas apenas redobrando minhas camisas do Palmeiras e colocando de volta na gaveta.

Portanto, você que está no trabalho, reclamando que não tem tempo de nada, que seu chefe só te dá mais trabalho, pense como seria ter tanto tempo que não sobra mais nada para fazer. E o pior, você não tem nem um salário para reclamar que está trabalhando demais e ganhando de menos.

Se alguma boa alma se sensibilizar com a minha situação e quiser me ajudar, eu estou muito afim de trabalhar, é só me chamar!

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