segunda-feira, 15 de março de 2010

Pedala Robinho!

Não, o texto não é sobre o jogo do Palmeiras contra o Santos. É claro que foi muito bacana ver aquela molecada arrogante levar uma piaba dentro da Vila Belmiro, mas vou escrever sobre outra coisa.
Sexta-feira eu saí, como quase todo dia faço, para dar uma volta de bicicleta. Só que eu estava especialmente animado aquele dia, então resolvi pedalar bastante. Saí da minha casa, no Tucuruvi e fui rumo a zona leste de São Paulo, utilizando como caminho a Rodovia Fernão Dias, chegando até a Avenida Educador Paulo Freire, Ponte Aricanduva e aquele viaduto que eu não sei o nome mas que é enorme, começa logo após a ponte e acaba na Radial Leste na região da Penha.
Quando pensei nesse trajeto achei uma boa ideia, mas depois percebi que foi um grande engano. Nunca, e eu reforço, NUNCA tente pedalar naquele viaduto, é simplesmente impossível! Digo mais: nem de moto eu me arriscaria ali. As pistas são muito estreitas e a quantidade de caminhões é enorme, portanto não sobra espaço na pista para nada maior que um Ka. E como a frota de carros paulistana vai muito além do compacto da Ford, eu fiquei literalmente espremido. Foram alguns minutos de preocupação, mas passei vivo e com a esperança de utilizar a ciclovia Caminho Verde, que acompanha a Radial Leste.
Outro equívoco meu. A ciclovia está muito mal-conservada. Além disso ela passa por baixo de alguns viadutos e em todos esses pontos eu vi pelo menos duas pessoas usando drogas. Ainda tem um trecho q é de mão única, nunca vi isso! Só passa uma bicicleta por vez, é muito estreito!
E a ciclovia não tem fim. Ou melhor, ela acaba, mas só dá para perceber isso quando pessoas que estão tranquilamente esperando um ônibus na estação Tatuapé te olham assustadas porque você passou com a bicicleta por elas.
Aí comecei a pedalar na Radial Leste e outra vez vi como a coisa tá feia para quem usa a bike como transporte. Um motorista de ônibus conseguiu me fechar três vezes, sendo que em todas eu estava bem visível e numa velocidade parecida com a dele, ou seja, ambos estavam lentos. Felizmente eu tenho experiência nisso, entao não sofri muito com o desrespeito do profissional, mas imagino quem pouco sai de bicicleta e resolve sair do Carrão e ir até o centro. Quando precisar sair da ciclovia corre sério risco.
Eu já escrevi e falei muito sobre isso com quem me conhece então não vou me alongar. Só queria dizer, e isso é um protesto mudo, que pensassem que não basta fazer ciclovias, elas não podem estar em todas as ruas, então é necessária uma conscientização dos profissionais do volante, sejam caminhoneiros, taxistas, motoristas de ônibus e semelhantes. Eles têm que entender que o lugar da bicicleta é na rua e que eles são responsáveis pela integridade do ciclista, senão vai continuar morrendo gente no trânsito por imperícia das pessoas.

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